quinta-feira, 4 de novembro de 2010

É engraçado como as pessoas seguem padrões e definições de como outros devem ser, de como devem agir. Isso se aplica às mulheres, aos homens, aos que professam alguma religião, etc...
As pessoas tendem a achar que o que alguém diz um dia, ou o que ela veste, ou algo que ela fez certo dia define sua vida inteira e toda a sua essência. Mas esquecem que o que ela é de verdade não se resume a essas pequenas coisas. É muito mais que isso!
A verdade é que nem mesmo nós nos conhecemos a fundo. Nossas atitudes e pensamentos mudam a todo instante, dependendo de algumas situações e das experiências que tivemos na vida. Estamos em constante transformação.
Uma vez escrevi aqui que não me conheço , que não sei me definir completamente. tive muitas fazes e mudei de opinião tantas vezes que perdi a conta. O engraçado é que nesse meio tempo de transformações já fui julgada inúmeras vezes, por pessoas que tem ideias medíocres do que as pessoas devem ser. Sua moralidade é deformada!
Uma das minha escritoras preferidas, Lya Luft, disse num de seus livros assim: "Rótulos me parecem cada vez mais precários. Às vezes mais confundem do que esclarecem. mas eventualmente são indispensáveis para que as coisas tomem forma, destacando-se da complexa realidade e do nebuloso pensamento nosso."
É engraçado como esse caminho mais fácil é sempre o escolhido por nós, o de rotular. Afinal, quem quer ter o trabalho de procurar saber quem o outro é de verdade se nós podemos simplesmente usar de nossa parca definição do que o outro parece ser? É muito mais cómodo e evita o trabalho de conhecer o outro a fundo, com todas as suas nuances.
A verdade é que não nos interessamos em buscar entender quem está ao nosso lado....


by Larissa Reis Costa

Verdade...

A verdade, desse mundo, é sempre enganosa. jamais conseguimos encontrá-la totalmente, mas a perseguimos de forma compulsiva. Essa busca é, sem dúvida alguma, o que motiva tal esforço. A busca é tarefa nossa.
Com muita frequência tropeçamos na verdade em meio às trevas, topamos com ela ou vislumbramos apenas uma imagem ou um vulto que parece corresponder à verdade, sem nos dar conta, tantas vezes, do que se passou.
Contudo, a verdade real é que não há nunca, em tempo algum, no mundo em que vivemos, isto a que chamamos de verdade única. As verdades são muitas. Elas desafiam umas as outras, importunam umas às outras, são cegas umas para as outras.
Com frequência, sentimos que temos nas mãos a verdade de um momento, para em seguida vê-la escorrer entre os dedos e se perder....


by Larissa Reis Costa